Virose no Litoral Paulista: Dicas Essenciais para Prevenir Doenças Diarreicas

As cidades litorâneas do estado de São Paulo, em especial guarujá e praia Grande, têm sido foco de atenção recentemente devido ao aumento de casos de doenças diarreicas na região. Diante deste cenário, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo está alertando a população sobre a importância de adotar cuidados essenciais para conter a disseminação dessas doenças e proteger a saúde pública.
Com a recente elevação dos casos de gastroenterites, especialistas recomendam a intensificação da higiene das mãos, especialmente antes das refeições e na preparação de alimentos. Essa prática é crucial para prevenir a contaminação, assim como evitar o consumo de alimentos que não estejam bem cozidos. Quando se optar por refeições fora de casa, a população deve ficar atenta às condições de higiene dos estabelecimentos de alimentação, uma vez que práticas inadequadas podem comprometer a saúde dos consumidores.
Além da higiene pessoal, é fundamental garantir que a água consumida, bem como o gelo e sorvete, provenham de fontes seguras. O consumo de água tratada é imprescindível, e em momentos de calor intenso, como os que têm sido observados neste começo de ano, o armazenamento correto dos alimentos também merece atenção redobrada. Os alimentos precisam ser devidamente refrigerados para evitar a proliferação de bactérias nocivas e a consequente contaminação.
Para a desinfecção da água em casa, a população pode recorrer ao hipoclorito de sódio, comum em muitas residências, que deve ser usado a uma concentração de 2,5%. caso a água da torneira apresente alterações em sua coloração, sabor ou odor, essa é uma boa alternativa para garantir que a água esteja segura para o consumo. A recomendação é de adicionar duas gotas desse composto a cada litro de água, deixando a mistura descansar por pelo menos 30 minutos antes de utilizá-la, seja para beber, cozinhar ou até lavar utensílios.
As unidades de pronto atendimento (UPAs) têm registrado um aumento significativo na demanda em decorrência de doenças diarreicas agudas, o que leva o governo estadual a reforçar seus alertas. As orientações incluem monitorar o fluxo de atendimentos por essas condições e identificar os bairros com maior incidência de casos. Essa vigilância é essencial para entender a dinâmica da propagação das doenças e preparar respostas adequadas, que podem envolver a coleta de amostras de fezes e água em locais críticos, além de potencial investigação sobre fontes comuns de contaminação, que podem estar relacionadas ao consumo de alimentos contaminados.
Ademais, a prevenção se estende às atividades recreativas. A diretora da Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e alimentar ressalta a importância de não tomar banho em praias que estejam classificadas como impróprias para essa atividade. A qualidade da água do mar é constantemente monitorada pela Companhia Ambiental do estado de São Paulo (CETESB), que disponibiliza informações sobre as condições das praias. Atualmente, das 175 praias vigiadas, 38 estão com condições impróprias para banho, sendo crucial que os banhistas estejam cientes dessa informação.
Outras recomendações incluem observar a bandeira de sinalização das praias, que, quando vermelha, indica que a água não é adequada para nadar. Além disso, é importante evitar se banhar no mar até 24 horas após chuvas, devido ao risco do deslocamento de resíduos para a água, o que pode aumentar ainda mais os casos de doenças.
Adotar essas práticas de prevenção pode fazer uma diferença substancial na contenção da transmissão de doenças diarreicas e gastroenterites. A conscientização da população sobre as medidas de higiene e a segurança alimentar, juntamente com a monitoração das condições da água, são passos fundamentais para garantir a saúde coletiva e mitigar impactos durante períodos críticos, como os que têm sido observados atualmente nas cidades paulista.