Saúde

Taxa de Desemprego no Brasil Cai para 6,2% em Outubro, atingindo Menor Nível Histórico

A taxa de desemprego no brasil apresentou uma significativa redução no trimestre finalizado em outubro de 2024, alcançando 6,2%. Esse índice representa a menor taxa de desocupação desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que remonta a 2012. Comparando com o trimestre anterior, de maio a julho de 2024, houve uma queda de 0,6 ponto percentual. Quando analisamos o mesmo período do ano passado, a redução é ainda mais acentuada, totalizando 1,4 ponto percentual em relação aos 7,6% registrados no mesmo trimestre de 2023.

A população desocupada, que se refere às pessoas ativamente à procura de emprego, também apresentou uma notável diminuição, agora contabilizando 6,8 milhões de indivíduos. Este número é o menor registrado em dez anos, ou seja, desde o trimestre que se encerrou em dezembro de 2014. No geral, o brasil atingiu um novo marco em termos de ocupação, com o total de trabalhadores alcançando 103,6 milhões. Dentre eles, 53,4 milhões estavam empregados no setor privado, estabelecendo um novo recorde. Isso é composto por 39,0 milhões de trabalhadores com carteira assinada, outro recorde, e 14,4 milhões de pessoas que atuam como empregados sem carteira, uma cifra também recorde.

Essa melhoria no cenário de emprego é ilustrada pelo crescimento na proporção de indivíduos com 14 anos ou mais que estão exercendo atividade laboral. O nível de ocupação atingiu 58,7%, a maior taxa já observada na série histórica da PNAD Contínua. Os dados foram divulgados na última sexta-feira, 29, pelo IBGE, e estão alinhados com as expectativas do mercado financeiro, que previu precisamente uma taxa de desemprego de 6,2%.

Mas quais fatores contribuíram para que o brasil chegasse a essa histórica taxa de desemprego? Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, essa evolução positiva do mercado de trabalho decorre da “expansão contínua da ocupação em 2024”, que refletiu o crescimento de vários setores. O trimestre analisado demonstrou um aumento notável na ocupação nas áreas de Indústria, Construção e Outros Serviços. No setor industrial, a população ocupada cresceu 2,9%, o que representa a adição de 381 mil trabalhadores. Na Construção, houve um crescimento de 2,4%, com a inclusão de 183 mil novos empregos, e em Outros Serviços, um aumento de 3,4%, correspondendo a 187 mil novos postos de trabalho. Juntas, essas setores geraram um impacto positivo que resultou na criação de 751 mil novas oportunidades de emprego no trimestre.

Entretanto, um aspecto importante a ser destacado é a taxa de informalidade no mercado de trabalho, que atingiu um recorde de 38,9%, o que equivale a 40,3 milhões de trabalhadores atuando de forma informal — o maior número desde o início da série em 2016. Esta taxa superou a observada no trimestre anterior, que era de 38,7%, mas se mostrou ligeiramente menor do que a taxa registrada no mesmo período de 2023, que foi de 39,1%. O aumento na taxa de informalidade é decorrente da elevação no número de trabalhadores sem carteira assinada, que contribuiu para esse cenário. Contrapõe-se a isso o número de trabalhadores por conta própria, que se manteve estável, atingindo 25,7 milhões, nas comparações tanto trimestral quanto anual.

Em resumo, o brasil experimenta um momento positivo no mercado de trabalho, com uma redução histórica na taxa de desemprego e um aumento na taxa de ocupação. No entanto, a informalidade continua sendo um desafio que o país precisa enfrentar para garantir condições de trabalho mais seguras e estáveis para todos os trabalhadores. Essa realidade é fundamental para o desenvolvimento sustentável do mercado de trabalho brasileiro e para a melhoria contínua da qualidade de vida da população.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *