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“Posse de Trump: Confira os Looks de Melania e dos Convidados Ilustres”

Na cerimônia de posse do presidente Donald Trump, realizada na imponente Rotunda do Capitólio dos Estados Unidos, Melania Trump se destacou de forma discreta, protegida pelo aba de seu elegante chapéu de lã, que lembrava um modelo clássico de palha. Com um design assinado pelo renomado chapeleiro Eric Javits, de nova york, o acessório não apenas complementava, mas também realçava seu visual de forte influência militar. O casaco trespassado em lã de seda azul-marinho, ajustado na cintura, foi combinado com pernas nuas e sofisticados saltos altos, criando uma silhueta marcante e alinhada com a tradição da moda em eventos oficiais.

Sob a peça de efeito militar, Melania vestia uma saia lápis feita de lã de seda e uma blusa de crepe de seda em tom marfim, ambas meticulosamente confeccionadas à mão pela equipe do designer Adam Lippes, conhecido por seu trabalho com outras figuras notáveis como Jill Biden e Michelle Obama. A escolha de Lippes não foi aleatória; Melania já havia sido vista em suas criações diversas vezes, incluindo um vestido-camisa que usou durante a estação de verão anterior. A primazia e a atenção aos detalhes em sua vestimenta foram ressaltadas em uma declaração de Lippes, que expressou seu orgulho em vestir a primeira-dama em uma ocasião tão significativa para a democracia americana.

Apesar do clima gelado que caracterizou a cerimônia, com temperaturas marcando a posse mais fria em quatro décadas, Melania optou por luxuosas luvas de couro pretas, que ofereceram um toque de elegância e proteção ao mesmo tempo. O chapéu, no entanto, trouxe à tona um ar de mistério, levando alguns analistas a questionarem se a aparência de Melania estava deliberadamente distante. A professora de comunicação Nichola Gutgold, autora de obras sobre a representação feminina no governo, comentou que o chapéu quase ocultava o rosto da primeira-dama, criando uma imagem que poderia ser vista como evasiva.

O traje cuidadosamente montado de Melania foi notavelmente contrastado com a escolha de Jill Biden, que optou por uma vestimenta mais suave e acessível, em um tom roxo bipartidário. O conjunto de Biden, composto por um vestido e um casaco confortáveis, também desenhados por Ralph Lauren, simbolizava uma nova era no estilo das primeiras-damas, promovendo um senso de unidade e inclusão. Essa escolha de cores e estilos gerou comparações entre as duas primeiras-damas, destacando como a moda pode servir como uma forma de identidade e distinção em momentos significativos da história política.

Em análises contemporâneas, Kate Bennett, ex-correspondente da CNN na Casa Branca, destacou que Melania, mesmo através de sua estética pública, buscava preservar sua privacidade. Sua evolução de estilo, caracterizada por silhuetas rigorosas com mangas longas e formatos que lembram armaduras, refletia uma mulher que estava ciente do intenso escrutínio que enfrentou durante seu mandato. Essa abordagem ao vestuário se mostrou eficaz para definir sua persona na esfera política, enquanto ela navegava pelas complexidades de ser uma figura pública em meio a controvérsias.

Por outro lado, a escolha do chapéu por Melania foi interpretada de maneiras distintas por críticos de moda. Alguns notaram que o acessório evocava uma “aura de rainha”, acrescentando um toque de realeza ao seu visual, ao passo que outros, como Vanessa Friedman, do New York Times, compararam sua aparência a uma “governanta da família real”, destacando uma intenção de elevar sua imagem ao invés de se conectar com o povo americano. Essa transformação no uso da moda, de um alinhamento próximo à imagem de Jackie Kennedy em 2017 para a construção de uma distância percebida em sua nova estética, sinalizava uma mudança profunda em sua abordagem à representação pública.

Diversas outras figuras notáveis do evento, como Usha Vance, esposa do vice-presidente JD Vance, vestiram-se com forte influência de estilos anteriores, como o vestido rosa pastel de Oscar de la Renta, uma referência direta ao legado de Kennedy. A presença de celebridades como Lauren Sanchez, que surpreendeu ao optar por um terno branco sem camisas, também trouxe uma nova interpretação ao dress code do evento, enquanto Ivanka Trump, com seu chapéu de boina verde e bolsa da Maison Dior, contrastou com a escolha de estilistas americanos.

Esses momentos de moda durante a posse transcendiam a mera escolha de vestuário; eles retratavam a convergência entre tradição e inovação, além de simbolizarem diferentes narrativas sobre o papel das mulheres na política americana. Com tudo isso em mente, a cerimônia se firmou não só como um marco político, mas também como um espetáculo cultural, onde cada escolha de vestuário contava uma história.

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