Saúde

“Importância do Uso do PET na Indústria de Bebidas Não Alcoólicas, Afirma Presidente da ABIR”

Os eventos climáticos recentes reiteram a importância da indústria na implementação de uma agenda sólida de ESG (Ambiental, Social e Governança), especialmente no que tange às iniciativas de sustentabilidade. O debate sobre o descarte e a reciclagem de diversos materiais se torna essencial na formulação de estratégias de negócios, especialmente para os principais setores produtivos da economia brasileira, onde a responsabilidade ambiental ganha destaque. Com o brasil se preparando para sediar a COP 30 no próximo ano, o país tem avançado significativamente em políticas que visam a redução do uso de plástico virgem, um dos principais desafios do nosso tempo.

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET), em 2021, o brasil alcançou um impressionante índice de reciclagem de 56,4% das embalagens de PET descartadas pela sociedade, representando um crescimento de 15,4% em comparação com 2019. Essa realidade reflete uma crescente preocupação com a agenda ESG, que ao que tudo indica, será cada vez mais relevante. Um novo decreto sobre plásticos, que deverá ser divulgado em breve pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), é esperado para aprimorar a gestão de embalagens e fortalecer o engajamento coletivo nesse âmbito, promovendo práticas mais sustentáveis.

Observando especificamente o setor de bebidas não alcoólicas, notamos resultados expressivos e metas ambiciosas estabelecidas por algumas das principais empresas do segmento, que visam incorporar até 50% de plástico reciclado em suas garrafas até 2030. Para alcançar tais metas, no entanto, o setor precisa continuar investindo em ações efetivas de coleta, manuseio e processamento de plástico reciclado, além do desenvolvimento de tecnologias que tornem o processo de reciclagem mais eficiente e sustentável.

Fundamental nesse processo são as parcerias com cooperativas e catadores de materiais recicláveis. Esse mercado, que cresce a cada ano, desempenha um papel crucial no fortalecimento das iniciativas de sustentabilidade das indústrias de bebidas não alcoólicas. Segundo a Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT), existem mais de um milhão de catadores no brasil, que trabalham incansavelmente para valorizar seu trabalho e contribuir significativamente para a reciclagem.

Recentemente, uma campanha de descarte consciente de embalagens, denominada “Crie Esse Hábito”, foi lançada, promovendo a conscientização sobre a correta disposição de materiais recicláveis, com apoio do MMA e da ABIR. Para pegar uma perspectiva ainda mais ampla, dados do Sistema da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) estimam que o número de cooperados no brasil pode atingir a marca de 30 milhões até 2027. Em um levantamento feito em 2022, a OCB apontou que o país conta com quase 5 mil cooperativas dedicadas à reciclagem, um reflexo da crescente importância deste setor.

Diante desse cenário, é fundamental que a indústria de bebidas não alcoólicas compreenda o impacto do uso do PET em suas operações. Nesse sentido, empresas e associações, como a ABIR, se uniram para realizar a primeira análise abrangente sobre o ciclo de vida das embalagens PET para alimentos líquidos produzidos no brasil. O estudo, intitulado “Análise do Ciclo de Vida das Embalagens PET para Alimentos Líquidos”, encomendado pela ABIPET, envolveu especialistas e instituições de diversos setores e mostrou que as embalagens PET utilizadas para garrafas de água, refrigerantes e óleos comestíveis apresentam um impacto ambiental menor quando comparadas às embalagens de alumínio, vidro e aço.

Esse levantamento é crucial para guiar o mercado e informar consumidores sobre as melhores práticas de embalagem sob a perspectiva ambiental. De fato, o desenvolvimento de novas tecnologias e processos de reciclagem é vital para a redução no uso de plástico, buscando melhorar o ciclo de vida dos mesmos e promovendo a adoção de materiais alternativos. O engajamento dos consumidores na reciclagem e na escolha consciente de produtos também é fundamental para um futuro mais sustentável.

As empresas do setor de bebidas não alcoólicas estão dando passos significativos em direção a um futuro mais verde, demonstrando que é possível aliar crescimento econômico à responsabilidade social e ambiental, promovendo um cambio positivo e sustentável que beneficia a todos.

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