Brasil conquista medalhas na Olimpíada de Astronomia e Astronáutica 2023
O brasil brilhou na 16ª edição da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), conquistando quatro medalhas de ouro e uma de bronze. Este importante evento ocorreu de 25 a 29 de novembro na Costa Rica, reunindo jovens talentos da área de ciências exatas de diversos países da América Latina. Os estudantes Larissa Midori, Lucas Praça, Filipe Ya Hu e Luca Pimenta foram os grandes vencedores, levando para casa as medalhas de ouro. Além disso, Arthur Gurjão destacou-se com a conquista da medalha de bronze, formando assim um quadro de medalhas excepcional para a delegação brasileira. Vale ressaltar que Luca Pimenta, com apenas 16 anos e aluno do Colégio Etapa, localizado em Valinhos, no interior de São Paulo, alcançou também a segunda maior nota do evento. A representação do brasil na OLAA foi fortificada pela presença dos professores Julio Klafke, Fellipy Silva e Heliomarzio, que contribuíram significativamente para o desempenho dos alunos.
A conquista das medalhas é vista por Klafke, o professor mentor da equipe, como um marco de dedicação e esforço. Segundo ele, “a conquista do ouro e do bronze é uma vitória que reflete o trabalho árduo e a paixão dos alunos ao longo do ano letivo. Estamos extremamente orgulhosos do resultado”. O estudante Luca Pimenta expressou sua alegria ao afirmar que, para ele, ganhar a medalha de ouro e ficar em segundo lugar geral representou muito mais do que um mérito acadêmico. Desde a infância, ele tem um amor especial pela astronomia, e essa paixão foi nutrida através das olimpíadas de ciência. “A participação nas olimpíadas me permitiu aprofundar meus estudos sobre a teoria e a matemática que explicam os fenômenos celestiais. Conquistar a medalha e o segundo lugar é um sonho realizado desde a minha infância. Ganhar uma premiação em uma competição de âmbito internacional é um forte ponto positivo para o meu currículo, especialmente porque quero me candidatar a uma universidade fora do brasil. Isso realmente conta muito”, comentou Luca.
Os estudantes brasileiros competiram com colegas de Argentina, Bolívia, colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai em desafios que testaram não somente conhecimentos teóricos, mas também habilidades práticas. Na OLAA, as provas incluem atividades individuais e em grupo, abrangendo desde a observação astronômica até o lançamento de foguetes feitos com garrafas PET, oferecendo uma experiência educacional enriquecedora.
A seleção para participar da Olimpíada Latino-Americana (OLAA) ou da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astronáutica (IOAA) é rigorosa. Os estudantes que desejam se candidatar precisam alcançar uma pontuação elevado no nível 4 da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) do ano anterior. Após isso, eles são convidados a passar por várias etapas de avaliação, que incluem provas e treinamentos, tanto online quanto presenciais, até que a equipe que representará o brasil seja definitivamente escolhida.
A OBA, que organiza esse processo seletivo, é promovida pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e conta com o incentivo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, tecnologia e Inovação (MCTI). O evento também recebe o apoio de diversas entidades educacionais e culturais, incluindo universidades e canais de divulgação científica como Manual do Mundo, Space Today, Física Total e AstroBioFísica, que atuam como embaixadores da OBA.
Sobre a origem da OLAA, o evento foi fundado em Montevidéu, no Uruguai, em 2008, com a colaboração do brasil entre os países participantes. O objetivo principal da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica é promover a popularização dessa ciência e valorizar os jovens talentos de toda a região, fomentando a cooperação mútua entre as nações latino-americanas. A competição se firmou como um destaque na área educacional, instigando novos interesses e paixões nos estudantes.