Azzas Simplifica Portfólio e Descontinua Marcas Alme, Dzarm, Reversa e Simples
A Azzas 2154, uma inovadora fusão que une as forças da Arezzo e da Soma, anunciou a descontinuação de quatro marcas distintas: Alme, Reversa — a linha feminina da Reserva — Dzarm e Simples. Essa decisão estratégica, conforme divulgado pela empresa em um comunicado oficial, foi respaldada por análises detalhadas realizadas com consultores externos. Esses estudos levaram em conta fatores essenciais como o potencial de crescimento de cada marca, o capital alocado, o retorno sobre o capital investido (ROCE) e a capacidade de geração de caixa.
Com a eliminação dessas quatro marcas, a Azzas 2154 busca simplificar seu portfólio, especialmente após a fusão que resultou em um conglomerado com mais de 20 marcas e um faturamento combinado impressionante de R$ 12 bilhões. A intenção é tornar o conjunto de marcas mais coeso, focando na eficiência e no desempenho financeiro.
Além das marcas que deixarão de existir, a empresa também está avaliando alternativas estratégicas para outras linhas, incluindo a Baw, renomada por seu estilo streetwear, a Paris-Texas, uma marca italiana de calçados femininos voltados para o público jovem, e a TROC, conhecida por seu conceito de brechó. As decisões a respeito dessas marcas considerarão o estágio de maturidade e o potencial de mercado de cada uma, conforme destacado pela companhia.
Essas três marcas foram adquiridas pela Arezzo após o final de 2020, quando a gestão de Alexandre Birman acelerou seu plano de aquisições. Coletivamente, essas marcas alcançaram um faturamento bruto de aproximadamente R$ 411 milhões nos 12 meses que se encerraram em 30 de setembro, representando cerca de 3% da receita total da Azza. É notável que o EBITDA combinado dessas marcas está próximo do ponto de equilíbrio, um indicador que sinaliza a necessidade de uma avaliação cuidadosa.
Com a reestruturação em andamento, as marcas Brizza e Fábula serão integradas como categorias de produtos dentro das marcas mãe, Arezzo e Farm, respectivamente. As marcas Carol Bassi e Foxton, por sua vez, deverão ser transferidas para as divisões de Vestuário Feminino e Masculino, buscando incrementar a eficiência na gestão dessas linhas e otimizar a alocação de capital dentro do grupo.
A Azzas projeta que o processo de otimização de seu portfólio seja finalizado até o dia 28 de fevereiro, evitando a antecipação de despesas significativas em caixa. A empresa acredita que, ao considerar o estágio atual das marcas, essa reestruturação deverá impactar positivamente o capital empregado, especialmente com a redução de estoques, um aspecto crucial para a saúde financeira do grupo.
Recentemente, a Azzas também experimentou mudanças significativas em sua liderança. Rony Meisler, fundador da Reserva e anteriormente à frente da AR&Co, deixou o grupo, sendo substituído por Ruy Kameyama. A nova unidade de negócio da Azzas não apenas abriga a Reserva, mas também marcas como Oficina, Simples e Baw, ressaltando a diversidade e a abrangência do portfólio.
Em sua primeira entrevista como CEO, concedida a um veículo especializado em negócios em outubro, Kameyama enfatizou a relevância de buscar eficiência com foco no crescimento e na inovação dos produtos. “Meu principal foco é o crescimento, a inovação e o desenvolvimento de produtos. Contudo, dentro desse escopo, temos diversas oportunidades a serem exploradas, considerando a escala que já alcançamos e aproveitando as sinergias que advêm de fazer parte de uma grande plataforma como a Azzas”, afirmou, delineando sua visão para o futuro da empresa enquanto navega por este importante momento de transição.
A Azzas 2154 continua a trabalhar em direção a um futuro mais fortalecida, focando em suas marcas mais promissoras e preparando-se para um crescimento sustentável no competitivo mercado de moda.