Tendências em Saúde

5 Passos Essenciais para Implementar Inteligência Artificial no Agronegócio

A adoção da inteligência artificial (IA) no agronegócio transcende a ideia de ser uma tendência futura; trata-se de uma realidade que já impacta a forma como os produtores rurais operam. Aqueles que se preparam para essa transformação tecnológica estão se posicionando de maneira estratégica para assegurar sua competitividade e sustentabilidade no mercado atual. As observações de Sergio Rocha, CEO da Agrotools, um ecossistema de soluções digitais voltadas para o agronegócio, refletem uma tendência global crescente. Dados de estudos de mercado, como o realizado pela Markets and Markets, mostram que se espera que o mercado de inteligência artificial aplicada à agricultura alcance impressionantes US$ 4,7 bilhões até 2028, demonstrando uma taxa de crescimento anual composta de 23,1% entre 2023 e 2028.

Além disso, um relatório da SXSW ressalta que o agronegócio está entre as 20 indústrias que já experimentarão o impacto significativo da inteligência artificial e da bioengenharia a curto prazo. Diante de desafios complexos, como as mudanças climáticas, a necessidade de aumentar a produção de alimentos e a urgência de adotar práticas mais sustentáveis, a IA se torna uma ferramenta indispensável. Para agricultores, empresas de tecnologia agrícola (agtechs) e demais integrantes do ecossistema agro, a implementação da inteligência artificial não apenas otimiza processos, mas também cria um caminho em direção a uma produção mais eficiente e responsável.

Para aqueles interessados em integrar essas tecnologias de ponta ao seu cotidiano agrícola, Rocha delineia cinco etapas fundamentais. A primeira delas é avaliar e estruturar a infraestrutura digital da propriedade. A criação de uma base robusta para a conexão digital é crucial; isso inclui a instalação de dispositivos de Internet das Coisas (IoT), sistemas de monitoramento em tempo real e uma conexão de internet confiável. Sem uma infraestrutura digital bem desenvolvida, as soluções de IA não conseguirão funcionar de maneira eficaz. “Investir em conectividade é o primeiro passo para garantir que as tecnologias avancem para o campo, potencializando a integração entre hardware e software, como sensores, drones e maquinário inteligente”, afirma Rocha.

A segunda etapa envolve a implementação de ferramentas para coleta e análise de dados. A eficácia da inteligência artificial depende da quantidade e qualidade dos dados disponíveis. Assim, ao adotar sensores, drones e outras tecnologias para obter informações sobre o solo, clima e saúde das culturas, os produtores se colocam em uma posição vantajosa. “Sistemas avançados são capazes de analisar grandes volumes de dados agrícolas, identificando padrões e antecipando problemas, como pragas ou deficiências nutricionais, o que otimiza o manejo e o uso de insumos”, explica Rocha.

A terceira etapa sugere que as decisões devem ser tomadas com base em dados coletados. Utilizando algoritmos inteligentes, os produtores podem contar com informações que indicam o melhor momento para realizar atividades essenciais, como plantio, irrigação e colheita. Isso não apenas aumenta a produtividade, mas também minimiza o desperdício de recursos, permitindo uma previsão mais precisa das condições climáticas e a adaptação do planejamento agrícola. “A IA proporciona uma tomada de decisão mais assertiva, resultando em melhorias diretas na produtividade e no uso eficiente de recursos em um cenário de emergência climática”, destaca o CEO.

A quarta etapa aborda a importância da adoção de blockchain para garantir rastreabilidade e transparência na cadeia produtiva. A combinação da inteligência artificial com tecnologias de blockchain permite que os produtos sejam monitorados desde o plantio até a distribuição, o que é crucial para atender às exigências de certificações de qualidade, especialmente no mercado internacional. “Com o uso do blockchain, podemos assegurar a origem dos produtos e adicionar valor à produção agrícola”, complementa Rocha.

Por fim, a última etapa proposta é a contratação de soluções de AI-as-a-Service. Essa abordagem facilita a implementação de IA no agronegócio, fornecendo soluções e ferramentas que já estão prontas para uso, eliminando a necessidade de grandes investimentos em desenvolvimento. “Essas soluções permitem uma revolução no campo, rompendo as barreiras entre o mundo físico e digital, através de dispositivos e equipamentos potentes que realizam análises de dados em tempo real”, conclui Rocha. Desta forma, a evolução do setor agrícola está intrinsicamente ligada à tecnologia, com a inteligência artificial se tornando um dos pilares fundamentais dessa transformação.

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